Detentas postam fotos nas redes sociais de dentro de Presídio Feminino de MS


Detentas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”, em Campo Grande, têm usado de várias redes sociais para compartilhar a rotina de dentro do presídio fechado. De forma irregular, as internas postam fotos nas plataformas digitais e até comentam a rotina no local: “A maior prisão é a mente”; “Saudade de vocês”. 

Além de compartilhar a rotina nas redes, as internas usam lençóis para tampar a cela e descaracterizar o local. Em uma das postagens, uma interna diz estar “se sentindo sentimental”.

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) confirmou que as imagens são de detentas do presídio fechado que fica em Campo Grande. A agência destacou que já “tomou providências referentes às internas identificadas”.

Entre as medidas, as detentas foram afastadas dos trabalhos internos – que eram usados para remir pena – e inclusas em Procedimentos Disciplinares do Interno (Padic). A Agepen não soube informar a data em que recebeu as denúncias do usos de celulares e quantas internas responderão às decisões.

As celas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” passaram por vistorias, e inúmeros celulares foram apreendidos. Com isso, a pena das detentas encontradas com celulares e que apareceram nas redes sociais terão acréscimos na pena total.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O caso é investigado pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp). Outra apuração feita pela setor é a forma com que as detentas tiveram acesso aos aparelhos celulares.

“Para tentar evitar o acesso de celulares às internas, o presídio conta com scanner corporal e escâner de esteira para revista de pessoas e objetos que adentram o presídio. Além disso, é importante destacar que operações pente-fino são realizadas rotineiramente na unidade prisional com o objetivo de apreender ilícitos. A utilização de celular por interna é considerada falta grave ocasionando maior tempo de permanência na prisão”, finalizaram em nota. (Com G1/MS)