Vacinação contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos deve começar em janeiro

DOURADOS NEWS


Nesta quinta-feira (16) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a aprovação da vacina especial, Comirnaty, produzida pelo consórcio Pfizer-BioNTech, contra a covid-19 e que será aplicada em crianças com idade de 5 a 11 anos.

Apesar da aprovação, existem algumas recomendações a se colocar em prática, uma vez que o imunizante não é o mesmo aplicado atualmente em pessoas maiores de 12 anos. Edvan Marcelo Morais Marques, secretário adjunto de Saúde de Dourados, falou com nossa equipe de reportagem, onde esclareceu os próximos passos até o início da aplicação.

 
“Esse é um anseio da população nacional, como já é realidade em outros países, que as crianças passem a ser aptas a tomarem a vacina contra a Covid-19. O licenciamento por parte da Anvisa é um sinal que a vacina poderá ser usada em território nacional, mas existe um processo para que a imunização possa começar”, disse.

Segunda o secretário, a vacina na Pfizer aplicada hoje em pessoas acima de 12 anos há uma quantidade determinada de antígenos, entretanto essa não é a mesma quantidade recomendada para crianças, por isso, a vacina para o público infantil é diferente, com um terço da dose usada atualmente. 

“Para ajudar na diferenciação dos imunizantes, até mesmo a cor do frasco será outra. Hoje a vacina da Pfizer tem a cor laranja, já as doses para as crianças serão na cor roxa”, explica Edvan.

Além disso, a vacina que é produzida fora do Brasil, chega ao país em pó, e requer uma especialização dos profissionais para manusearem o produto de forma correta, desde de a diluição até a aplicação.

Esse fator, somado a questões burocráticas de compra e importação do imunizante, devem fazer com que a aplicação da dose em Dourados tenha início apenas no início do próximo ano, em janeiro.

Diversos estudos científicos comprovam que há um resultado positivo na geração de anticorpos contra a Covid-19 em grupo de crianças que se imunizaram, inclusive contra a variante Delta.

Entre as recomendações divulgadas pela Anvisa está o ambiente de aplicação das doses, que deve ser específico e separado do lugar de imunização de adultos. Além disso, é indicado que a criança permaneça no local da vacinação por cerca de 20 minutos após a aplicação, para que sejam observadas por esse período.

Conforme as informações a modalidade de vacinação drive thru deve ser evitada e a sala em que se dará a aplicação da vacina deve ser exclusiva apenas para ela e, neste local, não devem ser aplicados outros tipos de vacinas, mesmo que pediátricas.

Em caso de comunidades isoladas, como aldeias indígenas, o recomendado é que a aplicação seja realizada em dias separados de aplicação em adultos.

A Anvisa recomenda ainda que deve se respeitar o prazo de 15 dias da aplicação para outras vacinas do calendário infantil.

Pais ou responsáveis que acompanham crianças deverão ser orientados sobre as possíveis reações após a aplicação, como febre, fadiga, dor de cabeça, dor e vermelhidão no local da aplicação.