Nível do Rio Paraguai sobe e transporte hidroviário será retomado


Mesmo abaixo da média histórica, o nível do rio Paraguai teve recuperação de mais de 21% e está permitindo a retomada da navegabilidade pela hidrovia. De acordo com dados da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), em Ladário a régua de medição do rio está em 107 centímetros, índice 21,5% maior que no mesmo período do ano passado, que estava em 88 cm. Já em Porto Murtinho, a estação apontou que o rio Paraguai está em 187 centímetros ou 7,4% acima do nível registrado em 18 de janeiro de 2021.

A retomada da navegação pela hidrovia foi destacada pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck. “A hidrovia é um eixo logístico de peso para o transporte de mercadorias do Estado. Por isso a importância da retomada da navegabilidade. O Governo teve a missão de transformar a hidrovia como um eixo logístico primordial para Mato Grosso do Sul. Esse era um ponto extremamente importante”, enfatizou, lembrando que a hidrovia do Paraguai permite a conexão tanto com o Paraguai, Argentina, quanto com a Bolívia.

 
Verruck pontuou que quando se fala em exportação pela hidrovia, é imprescindível salientar a importância dos terminais. “Estamos falando de terminais portuários e da necessidade que nós temos de todo o sistema da estrutura de barcaças. Isso é fundamental. O que nós observamos nos últimos dois anos foi primeiro a paralisação da hidrovia em função de uma seca histórica”, lembrou.

“Quando observarmos os últimos cinco anos, ela ainda é a mais baixa. Só está acima do ano passado. Mesmo assim precisamos denotar que isso mostra uma recomposição que permitiu a navegabilidade”, explicou, lembrando que o nível ainda está longe da normalidade. Um exemplo disso é o canal do Tamengo, que faz a ligação entre Corumbá e a Bolívia e secou. “O Canal está muito baixo e não se recompôs e isso tem prejudicado o acesso das barcaças até a Bolívia seja na entrada ou saída de mercadorias”, acrescentou.

Para que isso ocorra, seria preciso muito mais chuvas, segundo o secretário. “Nós precisamos que chova muito mais para ter uma recomposição plena dessa régua. O nível hoje é extremamente positivo, mas ainda baixo diante de anos anteriores", disse.