Saúde
TDAH: o que é, como diagnosticar e possibilidades de tratamento
O dia 13 de Julho foi instituído enquanto Dia Mundial de Conscientização sobre o TDAH, a fim de que a população como um todo, adquira conhecimento acerca da importância do diagnóstico fidedigno do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e do tratamento para garantir melhor qualidade de vida e menos sofrimento para crianças e adultos que vivem com esse transtorno.
O quadro envolve sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade em nível elevado, com prejuízos em diferentes âmbitos da vida, como as relações sociais e o desempenho cognitivo, escolar e profissional.
Mas afinal o que é o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ?
Segundo o Ministério da Saúde, trata-se de 'um transtorno neurobiológico de causas genéticas, caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade. Aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida'. O que mais caracteriza essa condição é a dificuldade para se concentrar, apresentando obstáculos em focar em uma única tarefa, ou então, do sujeito ficar por longos períodos concentrado, com momentos de inquietação constante.
O TDAH pode afetar as pessoas de muitas formas, sobretudo, no funcionamento executivo, cujos processos mentais como planejamento, memória de trabalho e regulação das emoções, que governam as operações dos sujeitos que são afetados.
Crianças que apresentam esse tipo de transtorno costumam ser agitadas e possuem determinada dificuldade de linguagem e interação social. Enquanto os adolescentes são prejudicados na atenção concentrada e no manejo de tempo para cumprir os prazos de suas tarefas, além de ocorrer inquietação e comportamentos impulsivos.
Em entrevista para a Agência Senado, a representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Christina Hajaj Gonzalez, disse que a prevalência mundial de TDAH entre crianças e adolescentes varia de 3% a 5%. Já no Brasil, dois estudos apontam para prevalências de 1,8% e 5,8%, respectivamente. A especialista defende a necessidade do diagnóstico criterioso do transtorno para uma terapêutica adequada.
“Quando a gente não faz um diagnóstico e um tratamento adequados, as pessoas que vivem com esse tipo de doença podem sofrer consequências bem importantes: baixa autoestima, sonolência diurna, impulsividade, oscilações de humor importantes, uso de álcool e drogas e dificuldades nos relacionamentos interpessoais — explicou ela'.
Desta forma, entendemos que a avaliação adequada e criteriosa é o primeiro passo para que as pessoas que vivem com essa condição possam ter mais autonomia e dignidade em suas vidas. A avaliação precoce é realizada por uma equipe multidisciplinar formada de profissionais especializados e capacitados para a elaboração de um plano terapêutico e medicamentoso adequado para cada pessoa.
Perigos do autodiagnóstico
Ainda nos dias atuais, apesar dos avanços, há determinada dificuldade na realização de diagnósticos bem elaborados devido a semelhança com outras condições clínicas. Por isso, levantada a suspeita, uma avaliação clínica e psicossocial precisa ser realizada por profissionais competentes e especialistas no assunto.
Nas redes sociais, é comum ver publicações de pessoas dizendo ser TDAH sem que haja um diagnóstico fechado. Isso se torna um problema à medida que existe uma série de patologias que podem apresentar sintomas semelhantes e que apenas profissionais capacitados devem realizar avaliações e diagnósticos, como também, a elaboração de um tratamento adequado.
Em suma, o tratamento do TDAH é multidisciplinar, envolvendo profissionais como: psiquiatra, psicólogo, neuropsicólogo entre outros. Por meio de terapias comportamentais especializadas e reabilitação neuropsicológica, como também medicação e neuromodulação, é possível obter-se uma melhora da atenção, impulsividade e uma reeducação psicológica a partir das terapias comportamentais.
Fonte: Agência Senado; Ministério da Saúde; Veja Saúde.
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